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sexta-feira, outubro 28, 2005

foco revolucionário

Cada vez que vejo uma camisa ou um cartaz com o rosto de Ernesto "Che" Guevara estampado, lembro-me da famosa teoria do foco revolucionário que consistia, a exemplo do que foi feito na Sierra Maestra, em Cuba por Che, Fidel, Camilo e outros, em estabelecer uma unidade guerrilheira a fim de conquistar aos poucos o território e o apoio dos camponeses e, mais tarde o dos trabalhadores urbanos.

Muito tempo se passou e a teoria do foco revolucionário continua viva, só que de forma diferente e variada. Com o fim da "cortina de ferro" os partidos comunistas e demais partidos de esquerda tiveram que reformular sua linha de acção. Até mesmo a linha de ter o partido como "vanguarda do proletariado" foi sendo substituída por acções directas parecidas com aquelas historicamente defendidas pelos anarquistas.

Hoje em dia as ONG’s são, na sua maioria, focos revolucionários, seja promovendo a alfabetização, seja defendendo a natureza, seja oferecendo cursos profissionalizantes, seja transformando a vida de jovens carentes, que convivem com o crime no seu dia-a-dia, em desportistas ou artistas.

Com a quase falência do Estado, as ONG’s assumiram um importantíssimo papel no sentido de proporcionar uma melhoria nas condições sociais e morais do povo. São acções directas que proporcionam resultados directos. Cada cidadão alfabetizado é menos um ignorante que, tendo acesso à leitura, não vai deixar-se ludibriar facilmente por políticos corruptos. Cada criança que não segue o caminho do crime é menos um para fortalecer a estatística da violência e fornecer subsídios para os profetas do caos que insistem em colocar a violência como um mero problema policial.

(…)

Cada indivíduo é um foco revolucionário em potencial, a partir do momento em que, através de acções positivas, procura mudar o sistema estabelecido.

Guevara falava que um dia voltaria e seria milhões. O seu sonho de igualdade ainda está muito longe, mas, com certeza, a cada movimento destas pessoas que acreditam que podem fazer algo para minorar o sofrimento dos excluídos, o espectro do romântico guerrilheiro está presente. Não com um fuzil, mas com acções que aos poucos vão corroendo o "status quo" que sempre garantiu às elites lançar ao povo as migalhas do alto da mesa do farto banquete.

(…)

dj saddam

sugerido por m.ego

1 Comments:

Blogger António said...

Um comentário anti-revolucionário...Nao levem a mal!

Os impetos revolucionários sempre me empolgam!

Até que, passados uns segundos, volto a sanidade e pergunto-me: revolucionar o quê? O sistema...

Mas em prol de qual? E como?

Falar e deitar insatisfaçao boca para fora é fácil. Concretizar, fazendo-o de uma forma realmente diferente, e conseguindo resultados realmente diferentes é que eu ainda estou para ver....

12:40 da manhã

 

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