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quarta-feira, outubro 18, 2006

planeta terra em saldo negativo ecológico

Se és um/a consumista inato/a ou simplesmente gostas do conforto ocidental, presta atenção a este dado: desde 09/10/2006, a conta ecológica da Terra entrou em saldo negativo. Por outras palavras, a partir de agora e até ao fim de 2006, os seres humanos estarão a explorar mais recursos naturais do que aqueles que podem ser renovados num ano civil.

O cálculo exacto do dia do ano em que a Terra passa a estar em débito ecológico é uma derivação da "pegada ecológica", que estima qual a área do planeta que cada pessoa precisa para suportar o seu estilo de vida. Outro conceito é o da biocapacidade de renovar os recursos - de uma cidade, uma região, um país ou da Terra como um todo.

Segundo os últimos cálculos da organização não-governamental Global Footprint Network, cada português precisava, em 2002, de 4,2 hectares de recursos do planeta. Mas o país só tinha capacidade para suprir 1,7 hectares por pessoa. Por habitante, havia então um débito de 2,5 hectares.

Com base neste tipo de dados, a New Economics Foundation (NEF), outra organização não-governamental, passou a determinar o dia exacto em que o salário ecológico anual da Terra termina.

E "o dia em que a humanidade começa a comer a Terra", como define um comunicado da NEF, ocorre cada vez mais cedo. Em 1987, o "dinheiro" acabou em 19 de Dezembro. Em 1995, a data estava já em 21 de Novembro. E este ano a conta entrou no vermelho ontem, 9 de Outubro.

"A humanidade está a viver do cartão de crédito ecológico e só o pode fazer liquidando os recursos naturais do planeta", resume Mathis Wackernagel, director executivo do Global Footprint Network.

sugerido por m.ego

1 Comments:

Blogger simplesmente said...

És, na minha opinião, o mc mais inteligente e culto no panorama do hiphop nacional. Porém, apesar de concordar com muitas coisas que escreves, divergimos em vários pontos. Em opiniões. Mas escreves bem, disso não há dúvidas.
Este texto revela-nos factos. Preocupantes. Mas acredito que pouca influência tem em qualquer mente que esteja inserida naquilo que é a sociedade mundial actual e a forma como (sobre)vive.
Não sou comunista. Mas também combato vários pontos do capitalismo, apesar de não ser anti (talvez por seguir economia). Mas há uma coisa, generalizada no hiphop português, que eu não percebo: Como é que um mc anti-capitalista pode ter um cd (ou mais) à venda numa multinacional (como a fnac por exemplo)? Demagogia? Incoerência? Perguntas retóricas...
Passa pelo meu!
Um abraço e que continues em força, porque, a meu ver, é de atitude que Portugal precisa. MUDANÇA. Não para um regime como é o chinês, nem para um regime como foi o alemão. Mas sim para uma verdadeira e transparente democracia. Cada vez mais utópica.

2:30 da manhã

 

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